Sem rivais, Toyota determina que carro de Alonso devia ganhar as 24 horas de Le Mans

Foi disputada neste final de semana mais uma edição das 24 horas de Le Mans, uma das mais importantes corridas do ano no mundo. Na principal categoria, LMP1, a Toyota não teve rivais depois que a Audi e a Porsche deixaram a categoria. Disputaram contra alguns times privados, mas eram dois mundo diferentes. A briga seria então entre o carro #7 e o #8 da montadora japonesa, seria, pois houve uma determinação para que o #8 que tinha o espanhol Fernando Alonso fosse o vencedor, assim como já havia acontecido nas 6 horas de Spa-Francorchamps que abriu a temporada 2018. Segue abaixo o relato da prova:

Na largada Sébastien Buemi (Toyota #8) perdeu a liderança para Mike Conway (Toyota #7). Atrás deles André Lotterer (Rebellion #1), companheiro de Bruno Senna, bateu em Ben Hanley (Dragonspeed #10) e eles acabaram rodando. Lotterer teve que parar nos pits para trocar o bico. Buemi conseguiu passar Conway e recuperar a liderança da corrida. Com 30 minutos de prova começou a chuviscar no circuito, deixando a vida dos pilotos mais complicada. Buemi foi o primeiro a parar nos pits com 31 minutos de corrida. Depois que todos pararam Buemi voltou na ponta. Após o choque inicial, Hanley partiu para a recuperação e na 14 já era o quinto colocado.

Problemas para Alex Brundle (Cefc Trsm Racing #6) na volta 15 que ficou lento na pista e se arrastou para os pits. Na 19 Buemi voltou aos pits para a segunda parada e com isto Conway voltou a ponta provisoriamente. Mas ele parou logo no giro seguinte e a ordem foi restabelecida. Brundle sofreu uma punição depois da terceira parada por deixar as rodas girarem no ar. Um acidente com um carro da LMGTE Am causou uma slow zone e Conway se beneficiou com isto e conseguiu voltar a frente de Buemi depois das paradas. Thomas Laurent (Rebellion #3) também ganhou o terceiro posto de Stéphane Sarrazin (SMP #17).

Na 40 o Toyota #8 voltou aos pits e Fernando Alonso assumiu o comando. Com 3h20min de corrida outra slow zone foi acionada na corrida depois que Felipe Nasr da LMP2 ficou preso na brita no setor 1, mas ele conseguiu voltar. Na 56 Alonso passou José Maria Lopez (Toyota #7) para assumir novamente a liderança da corrida. O safety-car foi para a pista com 3h38min devido a detritos deixados na pista depois que o pneu de Gabriel Aubry da LMP2 estourou e destruiu a carenagem. A prova recomeçou com 3h52min com Alonso na ponta. Durante a paralisação Mathias Beche (Rebellion #3) perdeu a terceira posição para Egor Orudzhev (SMP #17) e a quarta para Bruno Senna (Rebellion #1).

Dominik Kraihamer (Bykolles #4) bateu forte na 65 e levou o safety-car de volta à pista. Durante a amarela o Rebellion #1 de Bruno Senna foi para a garagem fazer reparos e caiu para sexto. Lá na frente Pechito Lopez aproveitou para parar na amarela e voltou a frente de Alonso. Os pilotos voltaram a ação com 4h49min e Alonso começou a pressionar Pechito Lopez pela liderança. No giro seguinte ele fez a ultrapassagem e recuperou a ponta. Depois da 10ª troca os japoneses assumiram o controle dos Toyota e o #7 com Kamui Kobayashi voltou a frente do #8 de Kazuki Nakajima.

Na 123 Matevos Isaakyan (SMP #17) bateu forte na barreira de pneus, causou uma amarela local e perdeu a ótima terceira colocação que vinha ocupando. Lá na frente os japoneses saíram dos carros, mas a ordem seguiu a mesma com Conway liderando no #7 seguido de Buemi no #8, separados por cerca de 35 segundos com 10 horas de corrida. Na 149 a direção anunciou uma punição de 60 segundos para Buemi por não respeitar a velocidade numa slow zone. Conway, que tinha cerca de 35 segundos de vantagem, teria ainda mais folga. Quando José Maria López e Fernando Alonso assumiram os carros, respectivamente, a diferença era de 2min25s. Com determinação da montadora japonesa, o argentino passou a andar mais lento do que já havia provado ser capaz de andar.

A diferença foi caindo nos giros seguintes e quando os japoneses voltaram para o volante, com 14 horas de corrida, Kobayashi estava apenas 11 segundos à frente de Nakajima. Não demorou muito para o #8 passar o #7. Na 244 Ben Hanley (Dragonspeed #10) bateu e se arrastou para os pits com a traseira destruída, causando outra slow zone. O safety-car voltou com 18h15min para a direção fazer alguns reparos na pista. Depois de trinta minutos ele virou uma slow zone. Na relargada Fernando Alonso, no comando do Toyota #8, manteve a liderança.

José Maria Lopez (Toyota #7) rodou sozinho na pista com 3h15min para o fim, mas não tocou em nada e conseguiu voltar sem nenhum dano. Com 1h39min para o fim o Toyota #7, já com Kobayashi no volante, ficou lento na pista com problemas de pressão de combustível, mas a solução foi rápida e não demorou muito ele retornou a corrida. Com 52 minutos para o fim o SMP #11 de Jenson Button deu problemas e ele teve que parar a beira da pista causando mais uma slow zone. No fim não houve mais mudanças e o Toyota #8 do trio Fernando Alonso, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima confirmaram a vitória. Bruno Senna, único brasileiro na categoria, terminou na quarta colocação.

Segue abaixo o resultado final da corrida.